Vera Fisher: uma lenda viva e musa eterna
Adorei o que o Xico Sá escreveu sobre Vera Fisher, nossa
deusa platinada, e o destrato público de gente que não tem a mínima condição de
ficar calado quando o momento pede. Mas o problema é que Vera é um
acontecimento. Até aí tudo bem, mas tirar proveito de um porre de carnaval e
fazer comentários ridículos é, no mínimo, ridículo. A caravana passa e o cães
ladram. Uma frase antiga, mas que ainda diz muito sobre nós humanos. Viva Vera. Sempre!
Tela de Dona Nelson, artista que participa da Bienal do Museu Whitney
Como gosto de arte e procuro saber o que ela nos diz sobre o
tempo em que vivemos estou sempre de olho na crítica. O assunto do momento é a
Bienal do Whitney (Museum) em Nova York. A fotografia persiste em ser a
plataforma para alguns artistas nesse começo do século. De acordo com o
repórter Silas Marti, da Folha de S. Paulo, a mostra tenta plasmar um retrato
da América em mutação.
Cate Blanchett em Blue Jamine de Woody Allen
Seja como for, a fotografia sempre faz um registro
instantâneo. Vou dar uma olha com calma no trabalho dos artistas que fazem
parte da Bienal e tentar fazer uma leitura. Será o declínio do império americano? Uma coisa Blue Jasmine?
Os atores Patrick Stewart e Ian McKellen numa foto de Annie para a Vanity Fair
Por enquanto, observo – sem cansar –
o livro da fotógrafa Annie Leibovitz, editado pela Taschen, com fotos memoráveis
de celebridades, em especial, as publicadas pela revista Vanity Fair. Um luxo
em todos os sentidos.
Barco desenhado pela arquiteta Zaha Hadid: um ícone da NOVA?
Mas voltando ao assunto arte recentemente fui pautado para
participar de uma revista para o qual o tema principal era o pós-contemporâneo.
Relutei de início, pois não acredito em nada que se chama pós. O pós é somente
uma ideia de catalogar e explicar o que ainda está por vir. É como observar o
efeito que uma pedra faz sobre a superfície de um lago. Literalmente, é apenas
marola. Acho que depois do contemporâneo vem o NOVO: tudo relacionado à
tecnologia, inovação ,conexão, comunhão e comunicação. Portanto, nada de pós
isso ou aquilo.
O pensador Ivan Mizanzuk
Nessa mesma revista, o Ivan Mizanzuk – um filósofo do design
ou um designer filósofo – conseguiu capturar o zeitgeist. Ele acredita que
pós-contemporâneo, a vanguarda vai ceder espaço ao individual. No lugar de
correntes artísticas, a exposição pública de um criador caminhará lado a lado
com sua arte, sem regras e inúmeras possibilidades. Acabaram as vanguardas e correntes artísticas.
Agora é cada um por si e Deus por todos.